quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Um dia, um gato

Como se não tivesse nada para fazer e mais nada para inventar, eis que no último sábado adotei um gato. Estava eu distraída, saboreando meu pastel e meu caldo de cana quando vi o bichano embaixo de um carro. Pouco depois, uma japonesa passou com ele no colo. "Muito bonitinho. É seu?" perguntei. Maldita hora. Não era dela. Acabou no meu colo. Na primeira noite, xixi no tapete e no quarto. Na primeira manhã, cocô na cama de babá. Na segunda noite, xixi no ralo do banheiro. Mas ele é lindo e quando me vê, fica me seguindo. É branco e cinza claro, com uma barbicha cinza. Charmosíssimo. Tem uns dois meses. Ainda não tem nome. A Lala adora ficar com ele no colo. Já levou um arranhão porque estava segurando ele de ponta cabeça pelo rabo. Santi quase estourou os miolos do coitado, pegando-o pela cabeça. A Kika late um pouco, ele se arrepia todo, mas sinto que logo virarão amigos de longa data. Esta noite acordei e vi que ele não estava dormindo no meu pé. Acordo e vejo a Lala sentada no berço. O folgado tinha deitado no travesseiro dela. Ela não se assustou, só ficou me olhando como quem diz:"Alguém precisa dar um jeito nisso". A veterinária avisou, bem no dia em que o adotei, que era melhor mantê-lo dentro de casa por um tempo para ele se acostumar e não fugir. No segundo dia abri a porta de casa, deixei ele sair e ainda fechei a porta. Qual o que...Ele ficou do lado de fora miando. Nem passear um pouquinho foi. Ficou lá, doido pra entrar. Já vi que não foge. Que quer ficar. E eu arrumei para minha cabeça.
(abril de 2006)

Nenhum comentário:

Postar um comentário