terça-feira, 31 de março de 2009

Octomãe



Nadya Suleman, 33 anos, é uma americana que deve ter a procriação não como sonho, mas como meta de vida. Em janeiro teve oito filhos de uma só vez depois de engravidar por fertilização in vitro. É muito, há de pensar a maioria. É, realmente muito, tendo em vista que Nadya é não tem emprego, mora com os pais, não tem recursos financeiros em abundância. Seria o caso até de ajudar a moça. Mas o caso de Nadya é um pouco bizarro. Esses não são os primeiros 8 filhos de Nadya. Ela já tinha 6. Todos gerados por FIV. O médico, obviamente, está sendo investigado, pois foi o mesmo que foi responsável por todos os 6 procedimentos. Em um deles, um casal de gemeos ao mundo. Todos menores de 10 anos. Todos morando numa casa pequena, sendo cuidados pela avó materna, que já não aguenta mais a situação, conforme declarou em entrevistas. Nadya criou um site para arrecadar fundos. Não se sabe o quanto já conseguiu, mas se sabe que já foi muito hostilizada nas ruas e há várias comunidades no Facebook e afins onde a moça é execrada e condenada pelo que consideram atitude irresponsável. Mais bizarro ainda é quando comparamos fotos dela antes/depois e se percebe que ela passou por plasticas e segundo revistas, seria para ficar parecida com Angelina Jolie. É claro que sem os milhões da famosa atriz.
O caso de Nadya é extremo, mas ilustra bem um caso de falta de ética médica. Nem chego a querer opinar sobre Nadya, pois ela me parece completamente xarope.
Mas há limite para se fazer processos como inseminação e FIV ou basta a pessoa pagar e fazer? Há limite na hora de se fazer um procedimento como esses, escolhendo sexo e até a cor dos olhos do bebeê por meio de laboratório? Até onde deve ir a ética, até onde deve ir a religião e até onde vão os direitos de quem quer ter um filho?
Esse mundo já é tão conservador que tremo ao ver exemplos ruins como esse. Mas torço por essas crianças. Tomara que tenham uma boa vida.

Últimos gêmeos óctuplos devem deixar hospital nos EUA
25 de março de 2009 • 16h31 • atualizado às 17h11

Os quatro gêmeos óctuplos que ainda estavam internados no Kaiser Permanente Bellflower Medical Center, nos EUA, devem deixar o hospital nos próximos dias, informou o US Today nesta quarta-feira.
O anúncio aconteceu um dia depois da mãe dos óctuplos, Nadya Suleman, demitir as enfermeiras que tomariam conta das crianças de graça, cedidas pela ONG Angels in Waiting.
A ONG disse que a decisão é totalmente de Nadya, que decidiu abrir mão do serviço para contratar suas próprias babás. Na última semana, Nadya entrou em uma disputa judicial contra a fundadora da ONG, que a denunciou por maus tratos. Nadya é mãe de 14 crianças.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Conversa de dois bebês

Essa foi enviada pela minha amiga de infância Maristela. Achei ótima:

- E aí, véio?
- Beleza, cara?
- Ah, mais ou menos. Ando meio chateado com algumas coisas.
- Quer conversar sobre isso?
- É a minha mãe. Sei lá, ela anda falando umas coisas estranhas, me botando um terror, sabe?
- Como assim?
- Por exemplo: há alguns dias, antes de dormir, ela veio com um papo doido aí. Mandou eu dormir logo senão uma tal de Cuca ia vir me pegar. Mas eu nem sei quem é essa Cuca, pô. O que eu fiz pra essa mina querer me pegar? Você me conhece desde que eu nasci, já me viu mexer com alguém?
- Nunca.
- Pois é. Mas o pior veio depois. O papo doido continuou. Minha mãe disse que quando a tal da Cuca viesse, eu ia estar sozinho, porque meu pai tinha ido pra roça e minha mãe passear. Mas tipo, o que meu pai foi fazer na roça? E mais: como minha mãe foi passear se eu tava vendo ela ali na minha frente? Será que eu sou adotado, cara?
- Sabe a sua vizinha ali da casa amarela? Minha mãe diz que ela tem uma hortinha no fundo do quintal. Planta vários legumes. Será que sua mãe não quis dizer que seu pai deu um pulo por lá?
- Hmmmm. pode ser. Mas o que será que ele foi fazer lá? VIXE! Será que meu pai tem um caso com a vizinha?
- Como assim, véio?
- Pô, ela deixou bem claro que a minha mãe tinha ido passear.. Então ela não é minha mãe.. Se meu pai foi na casa da vizinha, vai ver eles dois tão de caso. Ele passou lá, pegou ela e os dois foram passear. É isso, cara. Eu sou filho da vizinha. Só pode!
- Calma, maninho. Você tá nervoso e não pode tirar conclusões precipitadas.
- Sei lá. Por um lado pode até ser melhor assim, viu? Fiquei sabendo de umas coisas estranhas sobre a minha mãe.
- Tipo o quê?
- Ela me contou um dia desses que pegou um pau e atirou em um gato. Assim, do nada. Puta maldade, meu! Vê se isso é coisa que se faça com o bichano!
- Caramba! Mas por que ela fez isso?
- Pra matar o gato. Pura maldade mesmo. Mas parece que o gato não morreu.
- Ainda bem. Pô, sua mãe é perturbada, cara.
- E sabe a Francisca ali da esquina?
- A Dona Chica? Sei sim.
- Parece que ela tava junto na hora e não fez nada. Só ficou lá, paradona, admirada vendo o gato berrar de dor.
- Putz grila. Esses adultos às vezes fazem cada coisa que não dá pra entender.
- Pois é. Vai ver é até melhor ela não ser minha mãe, né? Ela me contou isso de boa, cantando, sabe? Como se estivesse feliz por ter feito essa selvageria.. Um absurdo. E eu percebo também que ela não gosta muito de mim. Esses dias ela ficou tentando me assustar, fazendo um monte de careta. Eu não achei legal, né. Aí ela começou a falar que ia chamar um boi com cara preta pra me levar embora.
- Nossa, véio. Com certeza ela não é sua mãe. Nunca que uma mãe ia fazer isso com o filho.
- Mas é ruim saber que o casamento deles é essa zona, né? Que meu pai sai com a vizinha e tal. Apesar que eu acho que ele também leva uns chifres, sabe? Um dia ela me contou que lá no bosque do final da rua mora um cara, que eu imagino que deva ser muito bonitão, porque ela chama ele de 'Anjo'.. E ela disse que o tal do Anjo roubou o coração dela. Ela até falou um dia que se fosse a dona da rua, mandava colocar ladrilho em tudo, só pra ele passar desfilando e tal.
- Nossa, que casamento bagunçado esse. Era melhor separar logo.
- É. só sei que tô cansado desses papos doidos dela, sabe? Às vezes ela fala algumas coisas sem sentido nenhum. Ontem mesmo veio me falar que a vizinha cria perereca em gaiola, cara. Vê se pode? Só tem louco nessa rua.
- Ixi, cara. Mas a vizinha não é sua mãe?
- Putz, é mesmo! Tô ferrado de qualquer jeito.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Frase do dia


"Não há lugar no mundo como o nosso lar"
Dorothy em O Mágico de Oz

Obrigado, por favor

Deve ser chato ser criança e ter que ouvir toda hora os adultos dizendo: "faz isso", "não faz isso", "isso não pode", "tá na hora disso", "agora não é hora disso" e aqueles "nãos" todos ao longo do dia. Obviamente é preciso que a criança tenha alguma liberdade, que possa fazer descobertas por conta própria, que possa errar sem punida, como parte de um processo normal que experimentamos pelo vida toda. Erramos o tempo todo, fazemos coisas que não devemos.
No caso da criança, muitos impedimentos de devem à necessidade de protegê-los, mostrar os perigos. Não pode enfiar o dedo na tomada, não pode subir a escada (quando ainda estão começando a engatinhar), não pode ir na piscina sozinho, não pode chegar perto do fogão...uf...é uma lista interminável. É bom explicar o porquê, explicar que machuca, explicar que é perigoso ou simplesmente que tem que fazer porque comer porque é saudável, que tem de dormir porque tem de descansar o corpo. E quando explicações não convencem acho que vale a regra antiga: tem que dormir porque mamãe está pedindo! Se não fazem, é preciso colocar de castigo, ainda que por poucos minutos, 3 que sejam, na escada ou outro lugar neutro. Não dá para deixar o barco navegar sem rumo.
E junto com todos os faz isso e não faz aquilo, existem aquelas palavras mágicas que na minha opinião devem ser repetidas todos os dias, cada vez que surge uma situação: obrigado e por favor.
Tenho visto muita criança mal educada, que age como se os adultos fossem seus escravos, que faz tudo no tempo que quer, se quer. Não há limites. Não tem hora de dormir, pode comer o que quiser, faz escandalo quando não ganha o que deseja e por aí vai. E pobre do adulto que não conheceu limites quando criança. Pobre da criança que não aprende a dormir sozinha, por conta própria e num horário decente para alguém tão miúdo.
Acho que ao se colocar limites enquanto ainda estão em formação e também ao se conversar com eles não como bobos, mas como pessoas que conseguem entender mais do que muitos imaginam, estamos criando pessoas mais seguras e tranquilas.
Ao se dizer a eles sempre que é preciso dizer Obrigado e por favor, estamos formando pessoas educadas.
E ao se dizer "Eu te amo" sem economizar e demonstrar carinho, há grande chance de eles serem crianças e adultos amorosos, carinhosos.

Acho que esses são alguns segredos que têm ajudado na criação de Lala e Santi.: estabelecer limites, ensiná-los a saber agradecer e pedir educadamente o que querem e saber sempre o quanto são amados.

terça-feira, 24 de março de 2009

Simples assim

Mamãe: Santi, você tem namorada?
Santi: Eu tenho.
Mamãe: Tem? E quem é?
Santi: A Bia.
Mamãe: E voce anda de mão dada com ela?
Santi: Ando, no playground.
Mamãe: E ela sabe que é sua namorada?
Santi: Não.
Mamãe: Não, por que?
Santi: Porque eu tenho vergonha.
Tia Alice: Mas se ela não sabe ela pode arrumar outro namorado...
Santi: Aí eu arrumo outra namorada.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Frase do dia



“Mama always said life was like a box of chocolates. You never know what you’re gonna get”
(Forrest Gump)

Manual da mãe

Quando pari meus filhos, num domingo ensolarado de novembro, primeiro veio Lala, três minutos depois veio o Santi e até agora estou esperando o manual deles, que nunca veio. Deve ter extraviado.
Não tive mãe, sogra, tia, por perto para me darem conselhos e ajudarem nas primeiras mamadas, os primeiros banhos. Tive no parto a mão calorosa da minha cunhada Juliana me dando conforto e acalmando o terrível mal estar que senti com a anestesia. Foi ela que tirou a primeira foto deles. Foi ela que viu quando o Santiago demorou para chorar e foi atrás da enfermeira como um cão farejador para ter certeza de que tudo estava bem. O papai Tony, pobrezinho, queria ver o parto, mas Lala e Santi tinham pressa, não quiseram esperar ele chegar de Portugal, onde morava na época.
Nos cinco primeiros dias de Lala e Santi éramos nós dois, marinheiros de primeira viagem, a tentar desvendar o mistério da maternidade e da paternidade. Ele caçava "bisontes" já que ainda parecia muito desajeitado para segurar os bebês e eu mãe-galinha demais para delegar algumas tarefas. Foram cinco dias nos quais eu acordava a cada 1 hora para dar de mamar. Dava de mamar para um, trocava, punha no berço. Pegava o outro, dava de mamar, punha no berço. Pedia ao pai para segurar um enquanto eu cuidava do outro. E a impressão que tinha era que eles eram pequeninos demais para os braços grandes do pai, que iam cair. Mas não caíram e o pai foi aprendendo também outras tarefas mais duras, como trocar fraldas de cocô. "Ai, eu não gosto nada disso", dizia. Como se mãe nascesse com o talento especial de lidar com cocôs, vomitos e todas as escatologias que rodeiam o mundo do bebê.
Por vários meses tinha olheiras que me faziam parecer um guaxinim. Era um cansaço só. O que me consolava e me consola é saber que o cansaço é pra todas as mães e a falta de um manual, um defeito que nunca será reparado.
Então, já nos primeiros dias surgiu o primeiro dilema, o da chupeta. Depois de conversas e livros consultados, o veredicto sobre dar ou não dar a chupeta: Dar.
Depois veio o questionamento sobre colocá-los para dormir sozinhos. Sozinhos ou no colinho da mamãe? Sozinhos. E por aí foi...claro que não sem algum sofrimento de minha parte. Morri de chorar na primeira vez que os deixei chorando no berço, resolvi que nao ia pegar no colo. Chorei muito, me senti uma megera e os peguei no colo pedindo perdão, dramática que sou. Eles tinham 3 meses e eu obviamente estava num descontrole hormonal de fazer dó. Depois vi que não era questão se ser má, era questão de deixar com que descobrissem também o tempinho deles, que não é só chorar pra automoticamente tem o colo.
Aprendi, desde cedo, que era preciso colocar limites e que nem sempre fazemos a coisa certa, mas que não é possível criá-los dentro de nossas inseguranças e carências. É preciso criá-los para serem seres independentes e para o mundo. Com amor e com limites. E hoje tenho a vantagem de ter papai Tony por perto, morando no Brasil, e Alice ao meu lado na missão faraônica que é criar um filho ou quantos sejam.
A gente tenta sempre o melhor, claro. Eis que ainda assim, quando os levei à pediatra nova, ela torceu o nariz duas vezes. Quando disse quando largaram a chupeta e a mamadeira.
Pois então, cada criança tem seu ritmo e acho importante respeitá-lo. O processo de largar chupeta, fralda e mamadeira para eles foi completamente indolor. Eles nao olharam para trás e isso me faz achar que está tudo ok. Quase tudo foi mais ou menos ao mesmo tempo para eles. E mesmo sem manual, as coisas podem dar muito certo.

começaram a andar: 1 ano e 2 meses
começaram a falar: mais ou menos 1 ano e meio
largaram a fralda diurna: 2 anos e 1 mes
largaram a chupeta: 3 anos e 4 meses
largaram a fralda nortuna: 3 anos e 7 meses
largaram a mamadeira: 3 anos e 8 meses

O pediatra e o celular

Na semana passada Laura e Santiago foram à pediatra. A nova pediatra. A terceira desde que nasceram e espero que fiquem com ela até quando for possível. Gosto da idéia de confiar em alguém, ter alguém fixo acompanhando o desenvolvimento dos meus filhos ao longo dos anos. Gosto de saber que posso contar com a pediatra deles. Até agora não tive essa sensação. A primeira pediatra, que era esposa do meu obstetra, era bacana, mas um pouco seca e não tinha celular. Depois parou de aceitar o plano de saúde e além de tudo o consultório fica longe, em Santo Amaro. Daí tentei um homeopata que aceitava o plano e que era mais perto. O doutor tem blog, livros, participa de entrevistas em rádio, é concorrido, mas então, não bateu. As crianças estiveram lá duas vezes, mas descobri que não sou disciplinada para dar só bolinhas de homeopatia. A idéia é legal, a prática funciona diferente. E ele não falava muito com eles, não dava tanta bola. E mais, o médico nunca me deu seu celular. Mas tem um. Mas não deu o número. Só que minha amiga, que me indicou o tal médico, tinha o celular dele. Então há dois pesos e duas medidas aí. Ele disse que quando precisasse era só escrever um e-mail que respondia. Era verdade. Quando precisei respondeu. Mas o fato é que precisou o Santi ter 3 dias de febre, tomando bolinhas, até ele decidir que precisava ir ao hospital.
Não sou mãe paranóica, que leva o filho ao médico a cada espirro, nem fico amolando por qualquer coisa. Sou mãe bem relax nesse ponto. Eles nunca ficam doentes e quando ficam só procuro o médico quando percebo que realmente não tenho nada a fazer. E por isso não abro mão de saber que se precisar o pediatra está lá, o celular está lá.
Para minha alegria, pela primeira vez, um pediatra deu seu celular. A Dra. Angela é um amor, super carinhosa, calma, examinou os dois da cabeça aos pés, pediu exames de sangue e urina, coisa que eles nunca tinham feito ainda e ao final me deixou a certeza de que poderei contar com ela. Foi a primeira consulta. Ainda não precisei ver como a coisa funciona se eles um dia estiverem doentes. Mas tive uma ótima primeira impressão e me sinto tranquila.
Só pra contar. Lala e Santi estão super saudáveis.
Santiago está com 1,11cm e 19,5 kg
Laura está com 1,13cm e 22 kg
Ambos vestem roupas de 6 anos e calçam 29. São mesmo enormes e estão bem. nada gorduchos. Fico permanentemente de olho para que não sejam crianças gulosas e que comem besteiras (como a mãe), pra não terem problemas com peso (como a mãe!risos*). E parece que está funcionando. Os dois comem saladas, não tomam refrigerantes e não comem doces toda hora. Sção tranquilos, dormem bem e sozinhos e não se desesperam por nada. Dois seres lindos e fortes. E eu, uma mãe coruja incurável.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Transplante

Hoje recebi o e-mail de minha colega Fabiana, aqui da Agência Estado, contando sobre o transplante que seria realizado hoje no menino Lucca, filho de outra jornalista, Luciana Leite. Ele encontrou um doador, uma menininha dos EUA de quatro anos. Que Deus abençoe ele, dê a ele e à sua mãe forças para mais essa etapa, que aumentará o gosto da vitória logo adiante. Que força tem essa mãe! Que iluminado é o menino Lucca.
Que mais pessoas doem medula, sangue, órgãos e ajudem tantas vidas. Preciso também dar o exemplo.
Ao ler o blog dela, vi também o nome do Dr.Nelson, do Einstein, e vi que Lucca está em boas mãos. Foi ele que cuidou com muito carinho de minha amiga Myrica Fogaça.

Deus os cubra de bençãos Lucca e Luciana!

Mais mistérios

Laura: mãe, porque a fada do dente não deixa ninguém ver ela, nem o coelhinho da Páscoa e nem o Papai Noel?
Mamãe: Ai filha, vai ver que é pra ser surpresa e também porque eles têm muitas crianças pra visitar.
Santi: É porque eles têm vergonha.
Mamãe: Vergonha de que meu filho?
Santi: Vergonha que a gente vê eles.
Laura: É porque eles querem que seja surpresa mesmo. Por isso eles vem de noite!

Frase do dia


"Ao infinito e além!"
por Buzz Lightyear , de Toy Story

quarta-feira, 18 de março de 2009

Me compra uma verruga?

Lala olhando para a verruga no rosto da Zena: Zena, dá camim?
Zena: Não dá pra dar Lala. É da Zena. Não sai.
Lala: Não? Então mamãe compa camim?

(Lala em 04/01/07, aos 2 anos)

Qué descê

Santi: Mamãe, qué descê!, diz do alto da escada. Ele queria ir pra sala ver desenho.
Mamãe: Quer descer filhinho? Então desce. Vai devagar, de bundinha. A mamãe vai fazer xixi primeiro...
Daqui a pouco Santi aparece no banheiro, com cara de desconsolado: Mamãe, vem....to com medo do lobo mau..
(Santi em 08/11/06 - 1 ano e 11 meses)

mamãe tá linda

Lala esta manhã: "Mamãe tá linda".
"E o que a Lala é?"
"Pincesa!"
"E o Santi, o que é?"
"Pimpe!"

(Lala em 19/10/2006, 1 ano e 10 meses)

Eu também já fui criança...


terça-feira, 17 de março de 2009

Mistérios


Esta noite aconteceu algo estranho, especialmente se voce acreditar que durante o sono os espíritos saem para passear. Já tinha levado o Santi para o quarto, pois ele capotou antes mesmo do jantar. Dia de natação costuma ser assim. Lala ficou na sala comigo, mas logo dormiu no sofá, vendo desenho na TV. De repente solta um grito e começa a chorar de olhos fechados. Teve pesadelo, pensei. Peguei-a no colo e comecei a acalma-la, mas ela não parava de chorar. Nesse momento, escuto algo que parecia o choro do Santi. Mamãe ja vai filho, disse eu e me apressei em pegar seu copo de leite. Ao chegar no quarto, percebi que o Santi nao estava chorando, mas gargalhando. Olhava pra mim e gargalhava, mas parecia que ainda dormia. Dei o leite e ele nao conseguia tomar direito, derramava ou parava de tomar pra gargalhar mais. A Lala chiou com as risadas dele. E ele ria mais. Percebi que na verdade tambem dormia. Em certo momento, soltou outra risada gostosa, Lala ameaçou abrir os olhos, mas deu uma gargalhada de olhos fechados e continuou a dormir. Santi terminou o leite e tambem continuou em seu sono. Os dois quietinhos, dois anjinhos a dormir, como se nada tivesse acontecido. E eu saí rindo do quarto, pensando em que arte ele aprontou com a Lala pra estar rindo tanto e te-la assustado daquele jeito.


segunda-feira, 16 de março de 2009

Crescer

Laura e Santiago estão na fase de fazerem cada vez mais coisa sozinhos e eu na fase de voltar meu olhar um pouco mais para mim mesma. E às vezes esse momento não é fácil. Porque há momentos em que voce justifica certos "buracos" em sua vida citando os filhos. "Ai, não posso porque estou amamentando", "não descanso porque eles acordam muito à noite", "não dá porque eles ainda trocam fraldas". Uma lista imensa de desculpas é tirada da manga a qualquer hora. Mas Lala e Santi não estão sendo amamentados, nem usam mamadeira, nem chupeta e nem fraldas mais. Há muito tempo dormem perto das 20h30 para só acordarem no outro dia perto das 8h. Só me chamam para limpá-los quando vão ao banheiro, mas isso também deve acabar logo. E dou uma "força" para finalizar o banho. para se trocar, às vezes eles fazem todo o processo sozinhos. A cada 15 dias passam o final de semana com o pai, que também os busca na escola duas vezes por semana. E agora? Pergunto isso agora e devo perguntar algumas vezes mais ao longo da vida, a cada momento que o cordão umbilical imaginário vai ficando mais longo e os colocando mais perto do mundo e mais independentes de mim.
Essa mãe tem vida independente, mas está sem saber muito o que fazer com ela. Trabalho o dia todo, ok. Mas não ando fazendo muito para desenvolver minha criatividade, voltar a escrever, fotografar de verdade e faço quase nada pelo meu corpo. A TPM não foi embora com a gravidez. Aliás, piorou. A serotonina deu sinais de melhora com o 5 htp, mas já se acostumou à essa droga natural. Volto a querer exigir mais de mim mesma sem saber como atender minhas próprias demandas. E ainda não fui capaz de começar a fazer terapia para tentar facilitar esse processo.
Meus filhos se desenvolvem com a rapidez e naturalidade próprias da idade, independentemente da vontade deles. Aos 38, voce só cresce se quiser e se quiser muito. E não há rapidez. O processo é lento. Mas assim como meus filhos, embora na minha velocidade, não posso parar de crescer.

sexta-feira, 13 de março de 2009

De bem com a vida


Ubatuba, janeiro de 2009

terça-feira, 10 de março de 2009

Palavras ditas

Mamãe: Filha, por que voce falou para o papai que a mamãe vai adotar um irmãozinho?
Lala: Não era para falar mamãe?
Mamãe: Não Lala, não é para ficar falando isso porque não é certeza que a mamãe vai adotar. A mamãe só falou que um dia podia adotar, mas não agora.
Lala: Ah, não tem problema. Então, eu vou pegar as palavras de volta do ouvido do papai.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Auto-estima

Lala: Mãe, sabe que eu não queria ser o Santi?
Mãe: É mesmo Lala?
Lala: É. Porque eu sou muito feliz como eu sou.