quarta-feira, 25 de março de 2009

Obrigado, por favor

Deve ser chato ser criança e ter que ouvir toda hora os adultos dizendo: "faz isso", "não faz isso", "isso não pode", "tá na hora disso", "agora não é hora disso" e aqueles "nãos" todos ao longo do dia. Obviamente é preciso que a criança tenha alguma liberdade, que possa fazer descobertas por conta própria, que possa errar sem punida, como parte de um processo normal que experimentamos pelo vida toda. Erramos o tempo todo, fazemos coisas que não devemos.
No caso da criança, muitos impedimentos de devem à necessidade de protegê-los, mostrar os perigos. Não pode enfiar o dedo na tomada, não pode subir a escada (quando ainda estão começando a engatinhar), não pode ir na piscina sozinho, não pode chegar perto do fogão...uf...é uma lista interminável. É bom explicar o porquê, explicar que machuca, explicar que é perigoso ou simplesmente que tem que fazer porque comer porque é saudável, que tem de dormir porque tem de descansar o corpo. E quando explicações não convencem acho que vale a regra antiga: tem que dormir porque mamãe está pedindo! Se não fazem, é preciso colocar de castigo, ainda que por poucos minutos, 3 que sejam, na escada ou outro lugar neutro. Não dá para deixar o barco navegar sem rumo.
E junto com todos os faz isso e não faz aquilo, existem aquelas palavras mágicas que na minha opinião devem ser repetidas todos os dias, cada vez que surge uma situação: obrigado e por favor.
Tenho visto muita criança mal educada, que age como se os adultos fossem seus escravos, que faz tudo no tempo que quer, se quer. Não há limites. Não tem hora de dormir, pode comer o que quiser, faz escandalo quando não ganha o que deseja e por aí vai. E pobre do adulto que não conheceu limites quando criança. Pobre da criança que não aprende a dormir sozinha, por conta própria e num horário decente para alguém tão miúdo.
Acho que ao se colocar limites enquanto ainda estão em formação e também ao se conversar com eles não como bobos, mas como pessoas que conseguem entender mais do que muitos imaginam, estamos criando pessoas mais seguras e tranquilas.
Ao se dizer a eles sempre que é preciso dizer Obrigado e por favor, estamos formando pessoas educadas.
E ao se dizer "Eu te amo" sem economizar e demonstrar carinho, há grande chance de eles serem crianças e adultos amorosos, carinhosos.

Acho que esses são alguns segredos que têm ajudado na criação de Lala e Santi.: estabelecer limites, ensiná-los a saber agradecer e pedir educadamente o que querem e saber sempre o quanto são amados.

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