segunda-feira, 26 de outubro de 2009

A fada do dente

Caiu ontem o dente da Lala. Caiu não, foi tirado. Eu e Pati ficamos um tempão na função de encaixar a linha no dente e puxar. A linha saía. Pus o fio dental, mas não conseguia. Daí finalmente a Pati conseguiu. A Lala estava super de boa. Cada vez que escapava a linha, ela gargalhava. A tia Alice já tinha avisado que doía, mas era rápido. Eu contei que minha mãe tirava meus dentes assim. Ela nem chorou nem nada quando puxamos. Aliás, correu orgulhosa para ver a "janelinha" no espelho.
Quem não gostou nada foi o Santi, que foi sentar na escada de braços cruzados. "Que foi Santi? Por que tá triste?"
"É porque meu dente não quer sair. Eu queria tirar meu dente também", respondeu.
"Filho, seu primeiro dente nasceu depois do da Lala e acho que também vai demorar um pouquinho mais para cair. Se tentar tirar agora vai doer muito porque ele não está mole."
Ele continuo meio de bode, mas se conformou um pouco de que não havia nada a ser feito a não ser esperar.
Mais tarde, veio no meu quarto falar comigo: “Mãe, sabia que pode ser que caiam dois dentes meus de uma vez e daí eu vou ganhar dois presentes da fada do dente?”
“É filho, é possível.”
“É, e pode até cair também este, este, este, tudo junto!”, disse feliz.
E eu pensei: “Ai filho, tomara que não, vou vai ficar horrível!” (risos*)
O dentinho da Lala eu coloquei num potinho fechado e ela colocou embaixo do travesseiro. No meio da noite veio a fada do dente e deixou para ela R$ 1.
De manhã falei com ela por telefone.
"Então filha, quer dizer que a fada do dente te deixou dinheirinho?"
"É mãe, eu estava querendo ver, mas eu não consegui. Acho que ela é bem pequena, que nem um vagalume ou um espermatozóide".

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Birra

A Lala fez birra hoje de manhã para comer e se trocar para a escola porque queria ficar brincando na vizinha, a Luisa. Daí a Zena me ligou para eu tentar resolver a parada.
"Dona Luciana, a Lala não quer se trocar e está chorando muito".
"É mesmo Zena? Fala para ela que não tem problema. Ela não se troca, mas também não precisa ir para a escola. Mas também não vai na Luisa e não vai ver TV. Diga para ela não se preocupar. Tá tudo certo."

Nisso a Zena avisa que o Santiago queria falar comigo. Ele vem, conta que comeu tudo direitinho, eu elogio e daí ele fala:
"Mãe, a Lala tá com uma cara!", falando bem pausado. Morri de rir do jeito dele.
Pouco depois liguei e pedi para falar com a Lala, que estava trocada.
"E aí filha, o que aconteceu?"
"É que eu queria brincar na Luisa"
"Mas voce sabe que tem que voltar para se arrumar e ir para a escola, não é?"
"É"
"Então não adianta fazer birra. Porque se fizer birra não brinca lá no outro dia, entendeu?"
"Sim".
Alguns minutos depois liguei e os dois já tinham ido para escola com a perua. Segundo a Zena, assim que ela contou que eu disse que estava tudo ok e que não precisava ir para a escola, ela correu se trocar.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Os ídolos




O Santi continua fã número 1 do Ben 10, mas agora também não perde O Rei dos Dinossauros. Ele fica cantando a música: "o rei dos dinossauros é o que você quer ser vem pra cá fazer a sua jogada! o rei do dinossauros é o seu destino vem pra cá fazer a sua jogada!"




Curtas

Lala: mamãe, tô brava com a Lilica.
Mãe: Tá brava filha? Por que? Voces não são amigas?
Lala: Sim, ela é minha amiga e ela é "bonzinha", mas hoje ela foi muito "mal elegante" comigo.
Mãe: É mesmo? E o que ela fez?
Lala: Ela ficou pedindo pra eu sair da frente dela, mas eu não estava atrapalhando porque eu estava agachada e não em pé...

Outra da Lala:
-Mãe, a teacher Mari perguntou hoje porque eu estava chorando. Daí eu disse que era assim mesmo, que meu olho "lacrimava". Eu falei: Teacher, eu já nasci com lágrimas!

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Como nascem os bebês ou a saga do "Esprematozóide"

Quando eu era pequena minha mãe e minha tia me contaram que para engravidar a gente tinha que comer uma semente de melancia e sinceramente não me lembro até que idade acreditei nisso. Só sei que demorou bastante para saber a verdade nua e crua. Não se falava tão abertamente sobre isso em casa e não se falava tampouco nas escolas.
Imaginei que quando Lala e Santi estivessem com uns 6 anos iriam começar a aprender a respeito e também a perguntar.
Mas as sondagens começaram há alguns meses, quando Lala perguntou sobre como ela e Santi tinham nascido. Eu disse que tinha sido pela minha barriga. Um pouco depois, ela vem me falando meio de canto: "Mas mamãe, eu sei que os bebês também nascem pela perereca".
Esta semana ela foi além:
"Mãe, sabe que os bebês nascem pela perereca e quando a perereca não abre eles nascem pela barriga? E ás vezes, o cordão umbilical, que leva comida para os bebês, enrola no pescoço do bebê e daí ele tem que nascer pela barriga.E ás vezes nascem antes da hora e tem que ficar numa coisa de vidro"
"Chama incubadora filha. Voce e o Santi nasceram antes da hora, mas nasceram grandes e só tiveram que ficar dois dias na incubadora".

Pouco depois veio o Santi:
"Mamãe, sabe o que são esprematozóides (sic)? São bichinhos que nadam até o ovo da mulher. Tem um monte de bichinhos, mas só um consegue entrar no ovo. Daí começa a formar o bebê que fica do tamanho de uma semente e depois do tamanho de uma maçã e depois cresce e fica desse tamanho...(e mostrou com as mãos). E ás vezes quando nasce o bebê fica num caixão de vidro, que nem a Branca de Neve".
"Não filho, não é caixão, é incubadora. E é parecido com uma caixa que é como um berço de virdro onde o bebê fica. Não é como o da Branca de Neve não".

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Férias

Tavira, Portugal, julho de 2009







Colocar limites

há alguns meses, mais entre abril e junho, Santiago andou desobediente. Era o do contra. E ficou de castigo várias vezes. Ele claramente estava testando os limites e eu fiz questão de mostrar para ele que os limites existem sim e levou algumas semanas para ele percebeu que ele devia mudar de postura. Que desobedecer, enfrentar com cara de mau não adianta. Quase todos os dias ele ficava alguns minutos de castigo na escada. Em junho, vó Lila veio ao Brasil e queria levar Lala e Santi em uma loja para escolher brinquedos. Santiago tinha dado um trabalhão para Zena numa manhã, pra comer, para se trocar, para tudo. Aliás, PÁRA TUDO! Avisei para ele que era para colaborar. Ele nem ligou. Avisei que então não teria presentes. Acho que daí ele ligou, pois coincidentemente teve uma mudança significativa desde então. Não ganhou brinquedo naquela semana, mas se comportou e ganhou na seguinte. A Lala não quis ganhar os dela até que o irmão tb pudesse escolher os dele. O Santi ficou super de boa. Depois de voltarem de Portugal, em julho, passado aquele primeiro momento, ele teve de novo uns comportamentos mal-criados de dizer que não ia fazer o que eu pedia, de mostrar a lingua, de dizer que não ia para a escada. Mas foi para o castigo sim. E depois conversei com ele e disse que ele podia escolher em ser bacana ou sem educação, inclusive com a irmã, em que vira e mexe dava uns petelecos. Ele optou em ser bacana, como sempre foi. Santiago está realmente muito comportado e mais tranquilo.

Mas daí, ainda de férias em julho, Lala queria ir todo dia brincar com a vizinha. Até aí tudo bem. O problema é que quando a Zena chamava para almoçar ela nao queria. E depois que as aulas recomeçaram o trabalho continuo grande. Um dia depois de dar baile na Zena, eu pedi para falar com ela pelo telefone. Ela não quis. Depois atendeu e desligou o telefone na minha cara. Eu liguei de novo e avisei que não tinha problema. Ela não iria na escola se nao quisesse, mas não iria colocar o nariz na rua. E que de qualquer modo, quando chegasse iriamos conversar. Ela foi para a escola e quando fui busca-los à tarde, Lala estava um mel. Também fiquei super normal. Mas pouco depois avisei que conversaríamos depois do banho e do jantar. E então disse que a atitude dela nao tinha sido legal, que deu trabalhão para Zena, que me desobedeu e que no dia seguinte ela nao iria brincar com a vizinha Luiza e nem a Luiza viria em casa. Ela entendeu e desde então vem para casa quando chega a hora, sem chorar ou dar canseira.

Canseira é a nossa que temos que repetir várias coisas, várias vezes todos os dias. Mas é assim mesmo. É como um mantra. Temos que falar, repetir até que eles absorvam a informação. O que não dá é pra deixar pra lá, deixar eles reinarem absolutos. Se esperamos que nossos filhos sejam no mínimo pessoas educadas, gentis e adultos que sabem conviver com o fato de serem contriados ou não ter o que querem na hora que querem, é preciso insistir agora. E mostrar que independemente de qualquer limite ou castigo eles são super amados, que estão do lado deles sempre. Porque tb não é bacana uma pessoa toda insegura, que não sabe decidir nada, que só obedece, que nunca questiona.

Enfim, é um trabalho árduo, mas recompensador. E Lala e Santi são mesmo muito amorosos, gentis....tenho imenso orgulho deles. E infinito amor!
O que significa ficar tanto tempo sem postar? que não aconteceu nada desde então? que Lala e Santi ficaram adultos, tiveram filhos e fui me dedicar ao Vovó Lux? ou simplesmente não andava inspirada?
É, não andava inspirada para escrever no blog. Minha atenção estava voltada para outras coisas.
Mas acho que algumas passagens merecem ser relembradas aqui...desde abril...

terça-feira, 28 de abril de 2009

A flor

Pede-se a uma criança: Desenha uma flor!
Dá-se-lhe papel e lápis.
A criança vai sentar-se no outro canto da sala onde não há mais ninguém.
Passado algum tempo o papel está cheio de linhas.
Umas numa direcção, outras noutras; umas mais carregadas, outras mais leves; umas mais fáceis, outras mais custosas.
A criança quis tanta força em certas linhas que o papel quase não resistiu.
Outras eram tão delicadas que apenas o peso do lápis já era demais.
Depois a criança vem mostrar essas linhas às pessoas: Uma flor!
As pessoas não acham parecidas estas linhas com as de uma flor!
Contudo a palavra flor andou por dentro da criança, da cabeça para o coração e do coração para a cabeça, à procura das linhas com que se faz uma flor, e a criança pôs no papel algumas dessas linhas, ou todas.
Talvez as tivesse posto fora dos seus lugares, mas, são aquelas as linhas com que Deus faz uma flor!
(Almada Negreiros)

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Os Saltimbancos

Laura: Mamãe, põe o filme o "Os Saltimbancos, os Bobalhões?"
Mamãe: Os Saltimbancos TRAPALHÕES, filha?
Laura rindo: É.
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Santi: Mãe, cadê o auauau, iaió?
Mamãe: A música dos bichos filho? Vai começar daqui a pouquinho...

terça-feira, 14 de abril de 2009

A saudade sentida por cada um

Hoje fui tentar expressar para Lala e Santi o quanto sentiu saudades deles durante o feriado, pois eu e tia Alice viajamos para ver o tio João e tia Tati em Salvador e eles ficaram com papai Tony.

Mamãe: Sabe, eu fiquei com tanta saudade, tanta saudade de voces dois, que meu coração até doeu, ficou bem apertadinho...
Santi: E o meu coração ficou batendo assim "tum tum tum" de tanta saudade
Lala: E minha barriga também ficou fazendo barulho de saudades...
Mamãe: A barriga Lala? Por acaso a mamãe é comida para voce sentir saudades pela barriga?

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Páscoa

Domingo de Páscoa. Após o almoço, a caça aos ovos. Escancaradamente escondidos onde qualquer um pode achar. Mas tudo bem, porque não se pode querer mesmo exigir um trabalho de detetive ou arqueólogo de pequenos de 2 ou 4 anos. Então, os ovos foram colocados em cima da árvore, no meio das plantas e para achá-los bastava olhar na direção certo. Lala, Santi, Giulia e Daniel se lançaram à difícil tarefa com muito empenho e excitação. Antes dos ovos, meu pai ou "o vovô lindo" teve a ideia de fazer marcas das patas do coelho. "Tem que fazer a trilha para eles seguirem e acharem os ovos", disse. E explicou que para fazer as pegadas do coelho era só colocar os dedos numa pasta feita de farinha de trigo e água. Achei uma ideia simpatica, lúdica. Engraçado que não me lembro de nunca na vida meu pai ter feito algo assim conosco, quando éramos pequenos. Nunca me lembro de ter havido a caça aos ovos.

Voltando ás pegadas, a ideia dele foi de deixar as marcas em toda escada, hall de entrada, corredor e escritório do Tony. Os miúdos adorararam seguir os passos do coelho e encontrar pequenos coelhinhos de chocolate. Depois, correram para o quintal atrás dos ovos.

Depois da caça aos ovos, aquelas carinhas lambuzadas de chocolate. Uma delícia. Tão gostoso também é saber que eles acreditam em coelhos, assim como acreditam em Papai Noel. Pelo menos era o que eu achava.

À noite, depois que todos haviam ido embora, Santiago se vira para o papai Tony: (o diálogo foi narrado por papai Tony)

Santi: Papai, não foi o Coelho da Páscoa que trouxe os ovos!
Tony: Mas, Santi, vocês não repararam nas pegadas?
Santi: Vi, mas eram de cola!
Tony: Mas o coelho, antes de chegar aqui em casa, deve ter passado por cola e ficou colada nas patas...
Santi: Tá bom, mas foi a mamãe que trouxe os ovos! A Lala viu ela chegando com eles!
Tony: Não Santi. A mamãe trouxe alguns ovos que eram presentes do Vovô Lindo, mas o Coelho trouxe os outros - do Ben 10, da Hello Kitty!
Santi: Mas ninguém de nós acredita... nem eu, nem a Lala, nem a Giulia...
Tony: Então Santi, no ano que vem, é melhor falarmos para o Coelho não vir... e depois o que vai acontecer?
Santi: É fácil - a mamãe faz as pegadas com a cola e você compra os ovos!


Obs: O modo que a sociedade estimula o consumo chega a ser bárbaro. O preço que se paga por um ovo de chocolate só porque vem com embrulhado no papel da Barbie, do Ben 10 ou da Hello Kitty, com uma besteirinha dentro, é injustificável. A tia Alice tem razão quando critica o consumismo desenfreado dessas épocas de festas. É preciso ponderação e limites para não tornarmos todas essas datas muito superficiais. Mas que também não deixemos de ver a carinha de alegria que eles fazem ao receber o ovo desejado. Isso não tem preço.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Pérolas

Lala: Pati, sabia que o Santi tinha feito a maior bagunça no banheiro?
Pati: É Lala? Mas tá tudo arrumadinho...
Lala: É porque depois o Santi voltou no banheiro e deu uma "geralda"!
Outra:
Lala: Mãe, quando tem bebê tem que comprar muitas coisas né? Fralda, mamadeira, lenço "demecido"...

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Adoção, um ato de amor

Madonna tenta nova adoção na África
Da BBC
A cantora norte-americana Madonna participou, nesta segunda-feira, de uma sessão no tribunal de Lillongue, no Malauí, como parte do procedimento para a adoção de uma criança malauiana.
Madonna já tem um filho adotivo nacional do país. O menino David Banda foi adotado formalmente no ano passado. Desta vez, a cantora tenta adotar a menina Mercy James, de quatro anos. Madonna chegou ao Malauí no domingo e visitou, ao lado da filha natural Lourdes, de 12 anos, uma vila onde pretende construir uma escola para meninas. A decisão judicial sobre a adoção deve ser divulgada nesta sexta-feira.



Adotar está na moda. Angelina Jolie e Brad Pitt, e nos últimos dias Madonna, têm sido os mais comentados. Madonna por querer adotar outra criança da Àfrica, que tem gerado críticas de todos os tipos, em especial o fato de ela ter privilégios por ser famosa. Angelina também vira e mexe é criticada. Dizem que quer atrair a mídia. Acho tudo uma grande bobagem. Não creio que alguém vá adotar só para ficar bem na foto. E sou super favorável que uma criança tenha melhor chance de vida, seja com alguém famoso ou não. Adotar é ato de amor e acho injusto duvidarem seja de Madonna ou de Angelina Jolie e Brad Pitt só porque são famosos. Acho ótimo que dêem esse exemplo. Acho ótimo que vire moda e que muito mais gente resolva adotar.

Melhor seria ainda se houvesse menos burocracia para adoção e maior conscientização sobre adoção tardia também. Já vi gente desistindo diante do desgaste excessivo no processo de adoção.
Meus filhos nã0 são adotados, mas isso é algo que sempre considerei e não está descartado. Laura e Santiago vivem falam nisso. A questão agora é ver qual o pique da mamãe aqui para criar três...risos*

Já ouvi gente dizendo que geralmente filhos adotados dão problemas, que são rebeldes, etc. Pode ser. Assim como pode ser que seu filho biológico seja rebelde, lhe dê problemas.
Tenho exemplos muito próximos de mim que me fazem acreditar que adoçao é algo bacana a se fazer sim e que me fazem ter essa vontade.
Conheço também uma pessoa muito iluminada, a Glaucia, que tem filhos adotados lindos e defende a adoção tardia (adocaotardia.blogspot.com/). Outra pessoa que participa de grupos e entende muito disso é a
Então tomara que a moda pegue, aliás espero que não seja moda, mas uma tendência que cresça de modo consistente, e tenhamos menos crianças em abrigos e mais lares cheios de alegria!

Ah, outros que adotaram seus filhos: Ewan McGregor, Meg Ryan, Sharon Stone, Steven Spielberg, Tom Cruise e Nicole Kidman, Michele Pfeifer...Aqui tem Marcelo Antony e Monica Torres, Elba Ramalho, Gal Costa, Juca Chaves....Mia Farrow começou bem antes da febre atual e adotou 10 de seus 14 filhos, vindos principalmente em Coréia, Índia e Vietnã. Mas quem ficou famosa em sua época, quando isso não era tão comum, foi a cantora americana naturalizada francesa Josephine Baker, que morreu em 1975, que adotou 12 crianças de várias partes mundo.

terça-feira, 31 de março de 2009

Octomãe



Nadya Suleman, 33 anos, é uma americana que deve ter a procriação não como sonho, mas como meta de vida. Em janeiro teve oito filhos de uma só vez depois de engravidar por fertilização in vitro. É muito, há de pensar a maioria. É, realmente muito, tendo em vista que Nadya é não tem emprego, mora com os pais, não tem recursos financeiros em abundância. Seria o caso até de ajudar a moça. Mas o caso de Nadya é um pouco bizarro. Esses não são os primeiros 8 filhos de Nadya. Ela já tinha 6. Todos gerados por FIV. O médico, obviamente, está sendo investigado, pois foi o mesmo que foi responsável por todos os 6 procedimentos. Em um deles, um casal de gemeos ao mundo. Todos menores de 10 anos. Todos morando numa casa pequena, sendo cuidados pela avó materna, que já não aguenta mais a situação, conforme declarou em entrevistas. Nadya criou um site para arrecadar fundos. Não se sabe o quanto já conseguiu, mas se sabe que já foi muito hostilizada nas ruas e há várias comunidades no Facebook e afins onde a moça é execrada e condenada pelo que consideram atitude irresponsável. Mais bizarro ainda é quando comparamos fotos dela antes/depois e se percebe que ela passou por plasticas e segundo revistas, seria para ficar parecida com Angelina Jolie. É claro que sem os milhões da famosa atriz.
O caso de Nadya é extremo, mas ilustra bem um caso de falta de ética médica. Nem chego a querer opinar sobre Nadya, pois ela me parece completamente xarope.
Mas há limite para se fazer processos como inseminação e FIV ou basta a pessoa pagar e fazer? Há limite na hora de se fazer um procedimento como esses, escolhendo sexo e até a cor dos olhos do bebeê por meio de laboratório? Até onde deve ir a ética, até onde deve ir a religião e até onde vão os direitos de quem quer ter um filho?
Esse mundo já é tão conservador que tremo ao ver exemplos ruins como esse. Mas torço por essas crianças. Tomara que tenham uma boa vida.

Últimos gêmeos óctuplos devem deixar hospital nos EUA
25 de março de 2009 • 16h31 • atualizado às 17h11

Os quatro gêmeos óctuplos que ainda estavam internados no Kaiser Permanente Bellflower Medical Center, nos EUA, devem deixar o hospital nos próximos dias, informou o US Today nesta quarta-feira.
O anúncio aconteceu um dia depois da mãe dos óctuplos, Nadya Suleman, demitir as enfermeiras que tomariam conta das crianças de graça, cedidas pela ONG Angels in Waiting.
A ONG disse que a decisão é totalmente de Nadya, que decidiu abrir mão do serviço para contratar suas próprias babás. Na última semana, Nadya entrou em uma disputa judicial contra a fundadora da ONG, que a denunciou por maus tratos. Nadya é mãe de 14 crianças.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Conversa de dois bebês

Essa foi enviada pela minha amiga de infância Maristela. Achei ótima:

- E aí, véio?
- Beleza, cara?
- Ah, mais ou menos. Ando meio chateado com algumas coisas.
- Quer conversar sobre isso?
- É a minha mãe. Sei lá, ela anda falando umas coisas estranhas, me botando um terror, sabe?
- Como assim?
- Por exemplo: há alguns dias, antes de dormir, ela veio com um papo doido aí. Mandou eu dormir logo senão uma tal de Cuca ia vir me pegar. Mas eu nem sei quem é essa Cuca, pô. O que eu fiz pra essa mina querer me pegar? Você me conhece desde que eu nasci, já me viu mexer com alguém?
- Nunca.
- Pois é. Mas o pior veio depois. O papo doido continuou. Minha mãe disse que quando a tal da Cuca viesse, eu ia estar sozinho, porque meu pai tinha ido pra roça e minha mãe passear. Mas tipo, o que meu pai foi fazer na roça? E mais: como minha mãe foi passear se eu tava vendo ela ali na minha frente? Será que eu sou adotado, cara?
- Sabe a sua vizinha ali da casa amarela? Minha mãe diz que ela tem uma hortinha no fundo do quintal. Planta vários legumes. Será que sua mãe não quis dizer que seu pai deu um pulo por lá?
- Hmmmm. pode ser. Mas o que será que ele foi fazer lá? VIXE! Será que meu pai tem um caso com a vizinha?
- Como assim, véio?
- Pô, ela deixou bem claro que a minha mãe tinha ido passear.. Então ela não é minha mãe.. Se meu pai foi na casa da vizinha, vai ver eles dois tão de caso. Ele passou lá, pegou ela e os dois foram passear. É isso, cara. Eu sou filho da vizinha. Só pode!
- Calma, maninho. Você tá nervoso e não pode tirar conclusões precipitadas.
- Sei lá. Por um lado pode até ser melhor assim, viu? Fiquei sabendo de umas coisas estranhas sobre a minha mãe.
- Tipo o quê?
- Ela me contou um dia desses que pegou um pau e atirou em um gato. Assim, do nada. Puta maldade, meu! Vê se isso é coisa que se faça com o bichano!
- Caramba! Mas por que ela fez isso?
- Pra matar o gato. Pura maldade mesmo. Mas parece que o gato não morreu.
- Ainda bem. Pô, sua mãe é perturbada, cara.
- E sabe a Francisca ali da esquina?
- A Dona Chica? Sei sim.
- Parece que ela tava junto na hora e não fez nada. Só ficou lá, paradona, admirada vendo o gato berrar de dor.
- Putz grila. Esses adultos às vezes fazem cada coisa que não dá pra entender.
- Pois é. Vai ver é até melhor ela não ser minha mãe, né? Ela me contou isso de boa, cantando, sabe? Como se estivesse feliz por ter feito essa selvageria.. Um absurdo. E eu percebo também que ela não gosta muito de mim. Esses dias ela ficou tentando me assustar, fazendo um monte de careta. Eu não achei legal, né. Aí ela começou a falar que ia chamar um boi com cara preta pra me levar embora.
- Nossa, véio. Com certeza ela não é sua mãe. Nunca que uma mãe ia fazer isso com o filho.
- Mas é ruim saber que o casamento deles é essa zona, né? Que meu pai sai com a vizinha e tal. Apesar que eu acho que ele também leva uns chifres, sabe? Um dia ela me contou que lá no bosque do final da rua mora um cara, que eu imagino que deva ser muito bonitão, porque ela chama ele de 'Anjo'.. E ela disse que o tal do Anjo roubou o coração dela. Ela até falou um dia que se fosse a dona da rua, mandava colocar ladrilho em tudo, só pra ele passar desfilando e tal.
- Nossa, que casamento bagunçado esse. Era melhor separar logo.
- É. só sei que tô cansado desses papos doidos dela, sabe? Às vezes ela fala algumas coisas sem sentido nenhum. Ontem mesmo veio me falar que a vizinha cria perereca em gaiola, cara. Vê se pode? Só tem louco nessa rua.
- Ixi, cara. Mas a vizinha não é sua mãe?
- Putz, é mesmo! Tô ferrado de qualquer jeito.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Frase do dia


"Não há lugar no mundo como o nosso lar"
Dorothy em O Mágico de Oz

Obrigado, por favor

Deve ser chato ser criança e ter que ouvir toda hora os adultos dizendo: "faz isso", "não faz isso", "isso não pode", "tá na hora disso", "agora não é hora disso" e aqueles "nãos" todos ao longo do dia. Obviamente é preciso que a criança tenha alguma liberdade, que possa fazer descobertas por conta própria, que possa errar sem punida, como parte de um processo normal que experimentamos pelo vida toda. Erramos o tempo todo, fazemos coisas que não devemos.
No caso da criança, muitos impedimentos de devem à necessidade de protegê-los, mostrar os perigos. Não pode enfiar o dedo na tomada, não pode subir a escada (quando ainda estão começando a engatinhar), não pode ir na piscina sozinho, não pode chegar perto do fogão...uf...é uma lista interminável. É bom explicar o porquê, explicar que machuca, explicar que é perigoso ou simplesmente que tem que fazer porque comer porque é saudável, que tem de dormir porque tem de descansar o corpo. E quando explicações não convencem acho que vale a regra antiga: tem que dormir porque mamãe está pedindo! Se não fazem, é preciso colocar de castigo, ainda que por poucos minutos, 3 que sejam, na escada ou outro lugar neutro. Não dá para deixar o barco navegar sem rumo.
E junto com todos os faz isso e não faz aquilo, existem aquelas palavras mágicas que na minha opinião devem ser repetidas todos os dias, cada vez que surge uma situação: obrigado e por favor.
Tenho visto muita criança mal educada, que age como se os adultos fossem seus escravos, que faz tudo no tempo que quer, se quer. Não há limites. Não tem hora de dormir, pode comer o que quiser, faz escandalo quando não ganha o que deseja e por aí vai. E pobre do adulto que não conheceu limites quando criança. Pobre da criança que não aprende a dormir sozinha, por conta própria e num horário decente para alguém tão miúdo.
Acho que ao se colocar limites enquanto ainda estão em formação e também ao se conversar com eles não como bobos, mas como pessoas que conseguem entender mais do que muitos imaginam, estamos criando pessoas mais seguras e tranquilas.
Ao se dizer a eles sempre que é preciso dizer Obrigado e por favor, estamos formando pessoas educadas.
E ao se dizer "Eu te amo" sem economizar e demonstrar carinho, há grande chance de eles serem crianças e adultos amorosos, carinhosos.

Acho que esses são alguns segredos que têm ajudado na criação de Lala e Santi.: estabelecer limites, ensiná-los a saber agradecer e pedir educadamente o que querem e saber sempre o quanto são amados.

terça-feira, 24 de março de 2009

Simples assim

Mamãe: Santi, você tem namorada?
Santi: Eu tenho.
Mamãe: Tem? E quem é?
Santi: A Bia.
Mamãe: E voce anda de mão dada com ela?
Santi: Ando, no playground.
Mamãe: E ela sabe que é sua namorada?
Santi: Não.
Mamãe: Não, por que?
Santi: Porque eu tenho vergonha.
Tia Alice: Mas se ela não sabe ela pode arrumar outro namorado...
Santi: Aí eu arrumo outra namorada.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Frase do dia



“Mama always said life was like a box of chocolates. You never know what you’re gonna get”
(Forrest Gump)

Manual da mãe

Quando pari meus filhos, num domingo ensolarado de novembro, primeiro veio Lala, três minutos depois veio o Santi e até agora estou esperando o manual deles, que nunca veio. Deve ter extraviado.
Não tive mãe, sogra, tia, por perto para me darem conselhos e ajudarem nas primeiras mamadas, os primeiros banhos. Tive no parto a mão calorosa da minha cunhada Juliana me dando conforto e acalmando o terrível mal estar que senti com a anestesia. Foi ela que tirou a primeira foto deles. Foi ela que viu quando o Santiago demorou para chorar e foi atrás da enfermeira como um cão farejador para ter certeza de que tudo estava bem. O papai Tony, pobrezinho, queria ver o parto, mas Lala e Santi tinham pressa, não quiseram esperar ele chegar de Portugal, onde morava na época.
Nos cinco primeiros dias de Lala e Santi éramos nós dois, marinheiros de primeira viagem, a tentar desvendar o mistério da maternidade e da paternidade. Ele caçava "bisontes" já que ainda parecia muito desajeitado para segurar os bebês e eu mãe-galinha demais para delegar algumas tarefas. Foram cinco dias nos quais eu acordava a cada 1 hora para dar de mamar. Dava de mamar para um, trocava, punha no berço. Pegava o outro, dava de mamar, punha no berço. Pedia ao pai para segurar um enquanto eu cuidava do outro. E a impressão que tinha era que eles eram pequeninos demais para os braços grandes do pai, que iam cair. Mas não caíram e o pai foi aprendendo também outras tarefas mais duras, como trocar fraldas de cocô. "Ai, eu não gosto nada disso", dizia. Como se mãe nascesse com o talento especial de lidar com cocôs, vomitos e todas as escatologias que rodeiam o mundo do bebê.
Por vários meses tinha olheiras que me faziam parecer um guaxinim. Era um cansaço só. O que me consolava e me consola é saber que o cansaço é pra todas as mães e a falta de um manual, um defeito que nunca será reparado.
Então, já nos primeiros dias surgiu o primeiro dilema, o da chupeta. Depois de conversas e livros consultados, o veredicto sobre dar ou não dar a chupeta: Dar.
Depois veio o questionamento sobre colocá-los para dormir sozinhos. Sozinhos ou no colinho da mamãe? Sozinhos. E por aí foi...claro que não sem algum sofrimento de minha parte. Morri de chorar na primeira vez que os deixei chorando no berço, resolvi que nao ia pegar no colo. Chorei muito, me senti uma megera e os peguei no colo pedindo perdão, dramática que sou. Eles tinham 3 meses e eu obviamente estava num descontrole hormonal de fazer dó. Depois vi que não era questão se ser má, era questão de deixar com que descobrissem também o tempinho deles, que não é só chorar pra automoticamente tem o colo.
Aprendi, desde cedo, que era preciso colocar limites e que nem sempre fazemos a coisa certa, mas que não é possível criá-los dentro de nossas inseguranças e carências. É preciso criá-los para serem seres independentes e para o mundo. Com amor e com limites. E hoje tenho a vantagem de ter papai Tony por perto, morando no Brasil, e Alice ao meu lado na missão faraônica que é criar um filho ou quantos sejam.
A gente tenta sempre o melhor, claro. Eis que ainda assim, quando os levei à pediatra nova, ela torceu o nariz duas vezes. Quando disse quando largaram a chupeta e a mamadeira.
Pois então, cada criança tem seu ritmo e acho importante respeitá-lo. O processo de largar chupeta, fralda e mamadeira para eles foi completamente indolor. Eles nao olharam para trás e isso me faz achar que está tudo ok. Quase tudo foi mais ou menos ao mesmo tempo para eles. E mesmo sem manual, as coisas podem dar muito certo.

começaram a andar: 1 ano e 2 meses
começaram a falar: mais ou menos 1 ano e meio
largaram a fralda diurna: 2 anos e 1 mes
largaram a chupeta: 3 anos e 4 meses
largaram a fralda nortuna: 3 anos e 7 meses
largaram a mamadeira: 3 anos e 8 meses

O pediatra e o celular

Na semana passada Laura e Santiago foram à pediatra. A nova pediatra. A terceira desde que nasceram e espero que fiquem com ela até quando for possível. Gosto da idéia de confiar em alguém, ter alguém fixo acompanhando o desenvolvimento dos meus filhos ao longo dos anos. Gosto de saber que posso contar com a pediatra deles. Até agora não tive essa sensação. A primeira pediatra, que era esposa do meu obstetra, era bacana, mas um pouco seca e não tinha celular. Depois parou de aceitar o plano de saúde e além de tudo o consultório fica longe, em Santo Amaro. Daí tentei um homeopata que aceitava o plano e que era mais perto. O doutor tem blog, livros, participa de entrevistas em rádio, é concorrido, mas então, não bateu. As crianças estiveram lá duas vezes, mas descobri que não sou disciplinada para dar só bolinhas de homeopatia. A idéia é legal, a prática funciona diferente. E ele não falava muito com eles, não dava tanta bola. E mais, o médico nunca me deu seu celular. Mas tem um. Mas não deu o número. Só que minha amiga, que me indicou o tal médico, tinha o celular dele. Então há dois pesos e duas medidas aí. Ele disse que quando precisasse era só escrever um e-mail que respondia. Era verdade. Quando precisei respondeu. Mas o fato é que precisou o Santi ter 3 dias de febre, tomando bolinhas, até ele decidir que precisava ir ao hospital.
Não sou mãe paranóica, que leva o filho ao médico a cada espirro, nem fico amolando por qualquer coisa. Sou mãe bem relax nesse ponto. Eles nunca ficam doentes e quando ficam só procuro o médico quando percebo que realmente não tenho nada a fazer. E por isso não abro mão de saber que se precisar o pediatra está lá, o celular está lá.
Para minha alegria, pela primeira vez, um pediatra deu seu celular. A Dra. Angela é um amor, super carinhosa, calma, examinou os dois da cabeça aos pés, pediu exames de sangue e urina, coisa que eles nunca tinham feito ainda e ao final me deixou a certeza de que poderei contar com ela. Foi a primeira consulta. Ainda não precisei ver como a coisa funciona se eles um dia estiverem doentes. Mas tive uma ótima primeira impressão e me sinto tranquila.
Só pra contar. Lala e Santi estão super saudáveis.
Santiago está com 1,11cm e 19,5 kg
Laura está com 1,13cm e 22 kg
Ambos vestem roupas de 6 anos e calçam 29. São mesmo enormes e estão bem. nada gorduchos. Fico permanentemente de olho para que não sejam crianças gulosas e que comem besteiras (como a mãe), pra não terem problemas com peso (como a mãe!risos*). E parece que está funcionando. Os dois comem saladas, não tomam refrigerantes e não comem doces toda hora. Sção tranquilos, dormem bem e sozinhos e não se desesperam por nada. Dois seres lindos e fortes. E eu, uma mãe coruja incurável.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Transplante

Hoje recebi o e-mail de minha colega Fabiana, aqui da Agência Estado, contando sobre o transplante que seria realizado hoje no menino Lucca, filho de outra jornalista, Luciana Leite. Ele encontrou um doador, uma menininha dos EUA de quatro anos. Que Deus abençoe ele, dê a ele e à sua mãe forças para mais essa etapa, que aumentará o gosto da vitória logo adiante. Que força tem essa mãe! Que iluminado é o menino Lucca.
Que mais pessoas doem medula, sangue, órgãos e ajudem tantas vidas. Preciso também dar o exemplo.
Ao ler o blog dela, vi também o nome do Dr.Nelson, do Einstein, e vi que Lucca está em boas mãos. Foi ele que cuidou com muito carinho de minha amiga Myrica Fogaça.

Deus os cubra de bençãos Lucca e Luciana!

Mais mistérios

Laura: mãe, porque a fada do dente não deixa ninguém ver ela, nem o coelhinho da Páscoa e nem o Papai Noel?
Mamãe: Ai filha, vai ver que é pra ser surpresa e também porque eles têm muitas crianças pra visitar.
Santi: É porque eles têm vergonha.
Mamãe: Vergonha de que meu filho?
Santi: Vergonha que a gente vê eles.
Laura: É porque eles querem que seja surpresa mesmo. Por isso eles vem de noite!

Frase do dia


"Ao infinito e além!"
por Buzz Lightyear , de Toy Story

quarta-feira, 18 de março de 2009

Me compra uma verruga?

Lala olhando para a verruga no rosto da Zena: Zena, dá camim?
Zena: Não dá pra dar Lala. É da Zena. Não sai.
Lala: Não? Então mamãe compa camim?

(Lala em 04/01/07, aos 2 anos)

Qué descê

Santi: Mamãe, qué descê!, diz do alto da escada. Ele queria ir pra sala ver desenho.
Mamãe: Quer descer filhinho? Então desce. Vai devagar, de bundinha. A mamãe vai fazer xixi primeiro...
Daqui a pouco Santi aparece no banheiro, com cara de desconsolado: Mamãe, vem....to com medo do lobo mau..
(Santi em 08/11/06 - 1 ano e 11 meses)

mamãe tá linda

Lala esta manhã: "Mamãe tá linda".
"E o que a Lala é?"
"Pincesa!"
"E o Santi, o que é?"
"Pimpe!"

(Lala em 19/10/2006, 1 ano e 10 meses)

Eu também já fui criança...


terça-feira, 17 de março de 2009

Mistérios


Esta noite aconteceu algo estranho, especialmente se voce acreditar que durante o sono os espíritos saem para passear. Já tinha levado o Santi para o quarto, pois ele capotou antes mesmo do jantar. Dia de natação costuma ser assim. Lala ficou na sala comigo, mas logo dormiu no sofá, vendo desenho na TV. De repente solta um grito e começa a chorar de olhos fechados. Teve pesadelo, pensei. Peguei-a no colo e comecei a acalma-la, mas ela não parava de chorar. Nesse momento, escuto algo que parecia o choro do Santi. Mamãe ja vai filho, disse eu e me apressei em pegar seu copo de leite. Ao chegar no quarto, percebi que o Santi nao estava chorando, mas gargalhando. Olhava pra mim e gargalhava, mas parecia que ainda dormia. Dei o leite e ele nao conseguia tomar direito, derramava ou parava de tomar pra gargalhar mais. A Lala chiou com as risadas dele. E ele ria mais. Percebi que na verdade tambem dormia. Em certo momento, soltou outra risada gostosa, Lala ameaçou abrir os olhos, mas deu uma gargalhada de olhos fechados e continuou a dormir. Santi terminou o leite e tambem continuou em seu sono. Os dois quietinhos, dois anjinhos a dormir, como se nada tivesse acontecido. E eu saí rindo do quarto, pensando em que arte ele aprontou com a Lala pra estar rindo tanto e te-la assustado daquele jeito.


segunda-feira, 16 de março de 2009

Crescer

Laura e Santiago estão na fase de fazerem cada vez mais coisa sozinhos e eu na fase de voltar meu olhar um pouco mais para mim mesma. E às vezes esse momento não é fácil. Porque há momentos em que voce justifica certos "buracos" em sua vida citando os filhos. "Ai, não posso porque estou amamentando", "não descanso porque eles acordam muito à noite", "não dá porque eles ainda trocam fraldas". Uma lista imensa de desculpas é tirada da manga a qualquer hora. Mas Lala e Santi não estão sendo amamentados, nem usam mamadeira, nem chupeta e nem fraldas mais. Há muito tempo dormem perto das 20h30 para só acordarem no outro dia perto das 8h. Só me chamam para limpá-los quando vão ao banheiro, mas isso também deve acabar logo. E dou uma "força" para finalizar o banho. para se trocar, às vezes eles fazem todo o processo sozinhos. A cada 15 dias passam o final de semana com o pai, que também os busca na escola duas vezes por semana. E agora? Pergunto isso agora e devo perguntar algumas vezes mais ao longo da vida, a cada momento que o cordão umbilical imaginário vai ficando mais longo e os colocando mais perto do mundo e mais independentes de mim.
Essa mãe tem vida independente, mas está sem saber muito o que fazer com ela. Trabalho o dia todo, ok. Mas não ando fazendo muito para desenvolver minha criatividade, voltar a escrever, fotografar de verdade e faço quase nada pelo meu corpo. A TPM não foi embora com a gravidez. Aliás, piorou. A serotonina deu sinais de melhora com o 5 htp, mas já se acostumou à essa droga natural. Volto a querer exigir mais de mim mesma sem saber como atender minhas próprias demandas. E ainda não fui capaz de começar a fazer terapia para tentar facilitar esse processo.
Meus filhos se desenvolvem com a rapidez e naturalidade próprias da idade, independentemente da vontade deles. Aos 38, voce só cresce se quiser e se quiser muito. E não há rapidez. O processo é lento. Mas assim como meus filhos, embora na minha velocidade, não posso parar de crescer.

sexta-feira, 13 de março de 2009

De bem com a vida


Ubatuba, janeiro de 2009

terça-feira, 10 de março de 2009

Palavras ditas

Mamãe: Filha, por que voce falou para o papai que a mamãe vai adotar um irmãozinho?
Lala: Não era para falar mamãe?
Mamãe: Não Lala, não é para ficar falando isso porque não é certeza que a mamãe vai adotar. A mamãe só falou que um dia podia adotar, mas não agora.
Lala: Ah, não tem problema. Então, eu vou pegar as palavras de volta do ouvido do papai.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Auto-estima

Lala: Mãe, sabe que eu não queria ser o Santi?
Mãe: É mesmo Lala?
Lala: É. Porque eu sou muito feliz como eu sou.