Nada deixa o coração de uma mãe mais apertado do que um filho doente. Minha ajudante acabou de me ligar para dizer que a Lala vomitou bastante, que está com febre e toda molinha. Estou neste momento dentro da redação, aguardando para fazer uma entrevista ao vivo com o economista John Williamson, cuja biografia pouco me importa agora. Aliás, neste momento, nem me interessa se o distinto senhor foi o criador do Consenso de Washington, se o mundo vai entrar em recessão. Neste minuto o que quero saber é o que a Lala está sentindo, se está com dor, o que pode estar causando os vômitos. Tenho vontade de voar daqui até em casa, como Peter Pan. Tenho vontade de chorar também, de angústia e de dor dentro do peito. Nossos filhos não deviam adoecer enquanto não são capazes nem de dizer o que e onde dói. Eles só choram e nós sofremos junto. Não devíamos estar nunca longe dos filhos numa hora dessas. Na segunda-feira foi o Santi que teve febre, mas sem vômito, e acho que foi por causa do dente que estava crescendo, pois ele também estava irritado. Mas só me acalmei quando pude abraçá-lo, sentir o calor do seu corpinho, e ver que tudo está bem.
(...)
Há pouco voltei a falar com minha ajudante Zena e ela disse que a febre de Lala abaixou. E que não vomitou mais. Menos mal. Mesmo assim quero e preciso vê-la. Senão, isso que sinto aqui dentro não sara.
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