quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Sobre a generosidade

Estávamos ontem brincando de o jogo da memória. Eu, Alice, Laura e Santiago. O objetivo é encontrar o par de cada carta. Avião com avião, flor com flor, cachorro-quente com cachorro quente, gato com gato...
Laura adora esse jogo. Santi também, mas depois de um tempo começa a avacalhar, dispersar. Os dois têm ótima memória. Aliás, os três. Menos eu.
Todo mundo já tinha feito uns quatro pares e eu somente um, e ainda assim porque deram canja. Laura percebia e toda dizia que era minha vez de jogar, mesmo quando não era. Em dado momento tinha pego o sapo e o Santi tinha acabado de virar o outro sapo e eu não lembrava de jeito nenhum onde foi mesmo. Errei. Veio a borboleta. Fiz cara de choro, de brincadeira e reclamei que só eu não acertava.
A Laura saiu quieta do seu lugar, veio para meu lado e falou:
-Toma mãe, toma essas para voce! - e me deu acho que metade dos pares dela.
A lição que devia ter dado nesse momento era de que o importante era competir e que não fazia mal estar perdendo. Que nada! Peguei rapidinho as cartas, dei um beijo nela e agradeci. Depois fiquei sabendo que também comentou com a Alice que podiam me dar umas cartas, me ajudar a achar os pares. Uma preocupação, um cuidado comoventes.
A lição ontem foi dada pela minha filha. Lição de generosidade.

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